Bien Venidos



Amigos... sejam bem vindos a este singelo Blog, o qual tem por objetivo nada mais do que poder compartilhar novidades, notícias, artigos e até mesmo sentimentos com os amigos de perto e/ou com aqueles cultivados e mantidos além de onde a vista alcança.

Bueno... então sentem-se, componham um mate dos bem gordos e boa leitura.



sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Minha vida no Futebol de Mesa

Foto cortesia by Sambaquy.
Por Adauto Celso Sambaquy.

Amigo Gelson e leitores do blog El Minuano.
   Após algumas trocas e-mail's com o Gelson, estou atendendo à solicitação do blog El Minuano sobre a minha participação nesse esporte, o qual foi responsável para que o Gelson e eu viéssemos a nos conhecer nas festas do XXIX Campeonato Centro Sul, realizado em Caxias do Sul, em junho de 2011.
   Fui apresentado ao futebol de mesa um pouco antes do nascimento do seu pai, Deni Bauer, na primavera de 1947, na casa de um amigo, na cidade de Caxias do Sul. Apaixonei-me pelo futebol de botões, pois na época era jogado com botões surrupiados de ternos e sobretudos de meu avô e meu pai. Depois disso, lixados nas calçadas e preparados para nos dar alegria.
   Isso nunca mais me abandonou. Tinha na época dez anos. Logo chegou a puberdade e os botões ficaram guardados, nunca abandonados. Jogava esporadicamente, pois tinha uma mesa não oficial em minha casa. Nesse tempo surgia no Rio Grande do Sul, mais precisamente em Porto Alegre, uma Federação Riograndense de Futebol de Mesa, sob a presidência de Lenine Macedo de Souza. Interessei-me em conhecer as mesas, os botões, bolinhas e principalmente as regras que orientavam as disputas. Foi quando iniciei a minha carreira no Banco do Brasil, na cidade de Caxias do Sul. Uma das primeiras revistas da AABB que caiu em minhas mãos trazia a nominata da administração. Parei quando li que lá havia um Departamento de Futebol de Mesa, que era de responsabilidade de Raymundo Antonio Rotta Vasques. Quis logo conhecê-lo. Fui apresentado a ele e disse de cara: Eu também jogo botão.
   Fui admitido no departamento e logo impulsionamos aquele setor. Garotão, cheio de vontade de jogar, começamos a praticar e os adeptos foram se chegando. Logo estávamos com quase vinte praticantes. Realizamos campeonatos maravilhosos, sempre com botões puxadores, um de cada cor, o que dificultava a quem fosse admirar o novo esporte que estava sendo implantado. Na mesma época, o Banrisul também realizava seus campeonatos internos. E o presidente do Sindicato dos Bancários resolveu criar o Campeonato bancário, na sede do Sindicato. Era o ano de 1963.
   Nos anos seguintes continuamos a jogar e disputar campeonatos da AABB, bancário e citadino, mas não éramos convidados a disputar o estadual que sempre se realizava em Porto Alegre. Foi-nos explicado que deveria haver uma entidade que gerisse o futebol de botões da cidade. Foi então que fundamos a Liga Caxiense de Futebol de Mesa, já no ano de 1965.
   Como eu sempre acompanhava os esportes e comprava todas as revistas que apareciam na cidade, tive a felicidade de encontrar na Revista do Esporte, que era editada no Rio e Janeiro, uma reportagem que dizia textualmente: BAHIA DÁ LIÇÕES DE FUTEBOL DE BOTÕES. Fora escrita por Oldemar Seixas e trazia seu endereço, caso alguém se interessasse em entrar em contato. Escrevi-lhe falando de nossa Federação, de nossa Liga e dizendo que duvidava que pudessem nos dar lições de futebol de botões em virtude de nossa organização.
   Para minha surpresa, alguns dias depois recebi a resposta dele, em um grande envelope, escrita em nove laudas, explicando o futebol de mesa baiano. Junto vieram três botões utilizados por lá: um do Vasco da Gama, outro do Grêmio e o terceiro do Ypiranga da Bahia. Veio também um goleiro, feito de madeira, do mesmo Ypiranga. Bolinhas “olho de peixe” e um exemplar das Regras Baianas de Futebol de Botões.
   Iniciava-se uma amizade que perdura 46 anos. Semanalmente trocávamos figurinhas sobre as novidades em cada região. Ele escrevia no Esporte Jornal uma página dedicada ao futebol de botões e inseria as novidades de Caxias do Sul. Ao completar um ano, a nossa Liga resolveu organizar um grande torneio de aniversário, que seria jogado na regra gaúcha. Para isso convidamos o pessoal da Federação e várias entidades que praticavam o futebol de mesa no nosso estado. Estendi o convite ao Oldemar, por educação, pois como seria jogado na regra gaúcha, diferente da regra baiana, dificilmente aceitariam. Que engano o meu. Não só Oldemar, mas também o Ademar Carvalho aceitaram e vieram ao sul. Só me solicitaram que conseguisse uma tábua de 2,20m x 1,60m, com laterais para os botões não caírem no chão e as metas nas medidas da regra baiana. O resto eles fariam quando chegassem. Conseguimos a tábua, pregamos as laterais e foram colocadas as traves conforme havia sido solicitado.
   Eles chegaram e puseram-se a trabalhar, lixando e depois riscando a mesa. Depois de pronta deixamos escondida.
   No dia do torneio realizado na regra gaúcha, foi que tivemos a oportunidade de observar um time padronizado enfrentando um carnaval de botões, pois cada um de nós tinha times de várias cores. Para surpresa geral, diante dos maiores nomes do futebol de mesa gaúcho, Ademar Carvalho consegue terminar o torneio em segundo lugar. Era a sua primeira experiência em uma regra muito diferente da sua, em uma mesa diminuta, com tempo de jogo diferente do seu. Chamou a atenção de todos. Depois da premiação, com todos os participantes, foi apresentada a mesa que hoje é a oficial. Todos ficaram espantados com o seu tamanho, e os dois baianos realizaram uma partida demonstração. Foi o ponto máximo do encontro. Olhos brilhavam e o então presidente da FRFM, Gilberto Ghizi me segredou que aquilo era algo que nunca esperava ver na vida. Ficara encantado.
   Foi então que o Ghizi nos encarregou da realização do Campeonato Estadual do ano de 1966. Aceitamos e promovemos um campeonato estadual, nas três categorias: infantil, juvenil e adulto, no mês de dezembro. Estiveram presentes, além do Ghizi, Paulo Borges, Sérgio Duro, Carlos Saraiva, Fausto Borges, Clair Marques, João Alberto Chiacchio. Jogaram a competição as cidades de Porto Alegre, Rio Grande, São Leopoldo, Arroio Grande, Rosário do Sul e a promotora, Caxias do Sul.
   Na noite anterior ao campeonato, foi realizada uma demonstração da nova Regra que seria sugerida no mês seguinte aos baianos, sendo aprovada por todos os presentes.
   Nesse dia, em nome da Federação Riograndense de Futebol de Mesa, Paulo Borges ofertou um pin de ouro, representando o Botão de Ouro para mim. Era a terceira homenagem desse tipo, uma vez que os dois baianos haviam recebido o primeiro e o segundo pin.
   Marcamos um encontro, dessa vez na Bahia, para janeiro de 1967. Haveríamos de chegar a um denominador comum.
   Viajamos de ônibus, Ghizi de Porto Alegre, e eu apanhando o ônibus em Caxias, até Salvador. Lá ficamos durante mais de três semanas discutindo, analisando, ponderando, até que se chegou à Regra que deveria denominar-se Brasileira, pois reunia a essência da Baiana com a Gaúcha. Uma coisa que os baianos ponderaram foi no tamanho da mesa, pois todo o nordeste já jogava com mesas de 2,20 x 1,60 e nós teríamos de construir as nossas, pois as da regra gaúcha eram menores. Finalmente acabamos por concordar e em dois dias estávamos com exemplares da regra criada, trazendo para o sul do Brasil, devidamente assinada pelos seis componentes da comissão original da Regra: Ademar Carvalho, Oldemar Seixas, Roberto Dartanhã, Nelson Carvalho, baianos e Gilberto Ghizi e Adauto Celso Sambaquy, gaúchos.
   Caxias do Sul aderiu imediatamente e começamos a construir mesas, semelhantes a que já possuíamos. Times haviam sido comprados das mãos dos baianos quando de sua visita.
Porto Alegre insurgiu-se por motivos comerciais da parte do Lenine que era o fabricante das mesas, botões, bolinhas, metas e goleiros. Sua primeira providência foi destituir Ghizi da presidência da FRFM e iniciou uma guerra contra Caxias.

1º Camp. Brasileiro - Vitória (ES) Sambaquy 1 x 1 José Inácio
   Continuamos o movimento levando a Regra Brasileira aos mais distantes locais. E conseguimos êxito na maioria das cidades onde estivemos. Enquanto isso os baianos preparavam o primeiro campeonato brasileiro da modalidade. Ele foi realizado no ano de 1970, na Sociedade Espanhola, em Salvador. Caxias representou o Rio Grande do Sul e conseguimos um quarto lugar no individual e por equipes também. No ano seguinte o segundo campeonato foi em Recife. Depois realizamos em Caxias do Sul o terceiro campeonato.
   Por muitos anos houve mal entendidos entre os praticantes da regra gaúcha e o pessoal que jogava a regra brasileira. Hoje já não existe mais, pois muitos são os que praticam as duas modalidades. A intenção da criação da Regra Brasileira foi à união entre os diversos estados brasileiros no sentido de nosso esporte deixar de ser um esporte de garagem, de porão, de rua, de regras diferentes, para se tornar um esporte popular e ser disputado com campeonatos que reunissem brasileiros dos mais diversos locais, jogando todos sob a mesma orientação.
   Em 1973 fui transferido, a pedido, para a agência do Banco do Brasil, na cidade de Brusque (SC). Os botões vieram comigo, mas aqui não existia futebol de mesa. Um dia, pelo correio, recebo uma medalha vinda da Liga Brasil de Futebol de Mesa, da Bahia, como sendo um dos dez mais destacados botonistas do ano. Ao ver a medalha, alguns companheiros de futsal olharam a inscrição e leram a mensagem. Começaram a aparecer os que já haviam jogado futebol de mesa. Pouco depois fundávamos a Associação Brusquense de Futebol de Mesa.
   Essa entidade, com o apoio de vários caxienses como Marcos Zeni (que mandou a primeira mesa oficial para lá), Luiz Ernesto Pizzamiglio, Airton Dalla Rosa, Nelson Prezzi e Adaljano Tadeu Cruz Barreto, começamos um movimento que culminou com a construção de uma sede própria na cidade. Talvez seja a única entidade que possuía uma sede sua. Infelizmente depois de algum tempo e devido a minha parada a entidade enfraqueceu e está desativada. Durante a nossa atividade profícua realizamos o primeiro Centro Sul, na época chamado de Sul Brasileiro, em 1979 e em 1981 o sétimo Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa.
   Mas, nos anos oitenta, quando assumi a presidência da Associação Brasileira de Futebol de Mesa fiz a aproximação com o pessoal da regra de 12 toques (paulista) e 3 toques (cariocas e brasilienses). Unidos conseguimos motivar aos que nos sucederam a lutar para a regularização de nosso esporte, uma vez que anteriormente era considerado apenas como diversão. Hoje o CND regularizou o esporte e foi criada a Confederação Brasileira de Futebol de Mesa, que sucedeu a Associação Brasileira que era a entidade que administrava a Regra Brasileira.
   Nessa longa jornada dentro do futebol de mesa convivi com pessoas extraordinárias que me ensinaram muitas lições de vida. Destacar nominalmente é quase impossível. Na minha cidade todos os que comigo conviveram são recordados com carinho. Muitos no plano espiritual, outros ainda por aqui, e poucos ainda continuando no esporte. Fora dela, são tantas as amizades que declinar nomes seria uma temeridade. Entretanto eu ousaria citar alguns nomes, os quais já não estão entre nós, mas marcaram a minha vida, por seus exemplos e tenacidade. Começaria citando Ademar Dias de Carvalho, um baiano que muito enobreceu o esporte e foi um dos baluartes na criação da Regra Brasileira. Ele e Nelson Carvalho foram incansáveis e souberam compreender todas as modificações que impusemos à antiga Regra baiana. Webber Seixas foi talvez o maior botonista que eu vi em ação. Um tremendo brincalhão que deixou saudade em todos os cantos do país. José de Souza Pinto, o presidente perpétuo da Liga Baiana de Futebol de Botões. Não jogava, mas de terno e gravata estava sempre pronto para presidir qualquer solenidade, com o garbo que possuía. Foi inesquecível. Era sogro do Nelson Carvalho. De Curitiba o Agacyr José Eggers, tremendo batalhador, um coração bondoso. De São Paulo a figura gigantesca de Geraldo Cardoso Décourt, aquele que em 1930 escreveu o primeiro livro de regras do futebol de mesa. Tive a honra de privar de sua amizade e em seu livro Aconteceu, sim!..., participei a seu pedido escrevendo uma crônica reproduzida às páginas 139/140. Décourt era dessas pessoas incomuns: artista de cinema nacional atuou em novelas, músico, artista plástico, modelo profissional fotográfico e, sobretudo um botonista. Além dele, outra figura que marcou muito a minha vida foi Antonio Maria Della Torre, o presidente que reergueu a Federação Paulista de Futebol de Mesa, dando a conotação atual de grande entidade. Foi através do esforço dele, agregado ao pessoal de Brasília, Rio e da Associação Brasileira de Futebol de Mesa que conseguimos a regularização de nosso esporte junto ao CND. Do Rio de Janeiro a figura maravilhosa de Getúlio Reis de Faria, um dos seguidores de Décourt desde os anos 30. Getúlio morava em Vila Isabel e em sua casa joguei muitas partidas de futebol de mesa. Hoje, todos eles formam o grande time de botonistas que nos aguardam no céu.
   Não citei nomes de pessoas vivas para não cometer nenhuma injustiça, na possibilidade de esquecer alguém. O futebol de mesa enriqueceu a minha vida. Talvez escreva uma obra com um pouco daquilo que guardei em minhas anotações e deixe isso para as futuras gerações de botonistas.
   O amigo Gelson solicitou que eu enumerasse algumas das conquistas que consegui nesses mais de sessenta anos de botonismo. Infelizmente não posso enumerar nenhuma delas olhando para a galeria que tenho, pois as maiores conquistas que obtive em minha vida estão todas depositadas em meu coração: são os amigos que iluminam a minha vida, com seu carinho, suas risadas, suas emoções, suas tristezas, suas alegrias, seu afeto. São os abraços que recebo quando os encontro e que mostram a grande vitória que tive na vida em tê-los encontrado. São os meus irmãos que nasceram em outros lares, mas que se irmanaram comigo na luta em prol do esporte que escolhemos amar para sempre. Nem todos são botonistas, a seu exemplo, mas o valor é sempre o mesmo. Amigos são as maiores conquistas que consegui em minha vida.
   Espero não ter escrito demais e que isso possa motivar mais pessoas a jogar botão, ou melhor, futebol de mesa.

Um abraço a todos os leitores.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Aguardem...

   Dentro em breve, El Minuano trará um breve relato da história de um dos maiores responsáveis pelo Futebol de Mesa no Rio Grande do Sul. Aguardem...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A origem do violão

* foto cortesia by Lorena Bauer
A origem do Violão não é muito clara, pois existem, segundo musicólogos várias hipóteses para o seu aparecimento. As duas mais aceitas atualmente, e que Emílio Pujol cita na sua conferência em Paris que ocorreu no dia 9 de novembro de 1928 entitulada “La guitarra y su História” são:
     - A primeira hipótese é de que o Violão seria derivado da chamada “Khetara grega”, que com o domínio do Império Romano, passou a se chamar “Cítara Romana”, era também denominada de “Fidícula”. Teria chegado à península Ibérica por volta do século I d.C. com os romanos; este instrumento se assemelhava à “Lira” e, posteriormente foram acontecendo as seguintes transformações: os seus braços dispostos da forma da lira foram se unindo, formando uma caixa de ressonância, a qual foi acrescentada um braço de três cravelhas e três cordas, e a esse braço foram feitas divisões transversais (trastes) para que se pudesse obter de uma mesma corda a ser tocado na posição horizontal, com o que ficam estabelecidas as principais características do Violão.
     - A segunda hipótese é de que o Violão seria derivado do antigo “Alaúde Árabe” que foi levado para a península Ibérica através das invasões muçulmanas, sob o comando de Tariz. Os mouros islamizados do Maghreb penetraram na Espanha no ano 711 e conseguiram vencer o rei visigodo Rodrigo, na batalha de Guadalete. A conquista da península se deu em cerca de 711-718, sendo formado um emirado subordinado ao califado de Bagdá. O Alaúde Árabe que penetrou na península na época das invasões, foi um instrumento que se adaptou perfeitamente às atividades culturais da época e, em pouco tempo, fazia parte das atividades da corte.
   Acreditava-se que desde o século VIII tanto o instrumento de origem grega como o Alaúde Árabe viveram mutuamente na Espanha. Isso se pode comprovar pelas descrições feitas no século XIII, por Afonso, o sábio, rei de Castela e Leão (1221-1284), que era um trovador e escreveu célebres cantigas através das ilustrações descritas nas cantigas de Santa Maria, que se pode pela primeira vez comprovar que no século XIII existiram dois instrumentos distintos convivendo juntos.
   O primeiro era chamado de “Guitarra Moura” e era derivado do Alaúde Árabe. Este instrumento possuía três pares de cordas e era tocado com um plectro (espécie de palheta); possuía um som ruidoso. O outro era chamado de “Guitarra Latina”, derivado da Khetara Grega. Ele tinha o formato de oito com incrustações laterais, o fundo era plano e possuía quatro pares de cordas. Era tocado com os dedos e seu som era suave, sendo que o primeiro estava nas mãos de um instrumentista árabe e o segundo, de um instrumentista romano. Isso mostra claramente as origens bem distintas dos instrumentos, uma árabe e a outra grega; que coexistiram nessa época na Espanha. Observa-se, portanto, como a origem e a evolução do Violão estiveram intimamente ligadas à Espanha e a sua história.

A origem do nome “Violão”
   Em outros países de língua não portuguesa o nome do Violão é guitarra, como pode se ver em inglês (Guitar), francês (Guitare), alemão (Gitarre), italiano (Chitarra), espanhol (Guitarra). Aqui no Brasil especificamente quando se fala em guitarra quer se denominar o instrumento elétrico chamado Guitarra Elétrica. Isso ocorre porque os portugueses possuem um instrumento que se assemelha muito ao Violão e que seria atualmente equivalente à nossa “Viola Caipira”. A Viola portuguesa possui as mesmas formas e características do Violão, sendo apenas pouco menor, portanto, quando os portugueses se depararam com a guitarra (Espanhol), que era igual a sua viola sendo apenas maior, colocaram o nome do instrumento no aumentativo, ou seja, Viola para Violão.


Abraços a todos.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Só de sacanagem...

Em meio a tantas notícias de desvio de dinheiro público, corrupções, dinheiro na cueca e muitas outras notícias que poluem nossos noticiários jornalísticos, eis que surgem em meu e-mail um texto de Elisa Lucinda, onde a mesma  - brilhantemente - consegue traduzir em palavras tudo que o tão sofrido povo brasileiro vivencia no seu dia-a-dia. Para tanto basta apenas, assistir uma televisão, ler um jornal ou até mesmo em pequenas rodas de bate-papo... Abaixo os apresento.

   Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Por quantas provas terá ela que passar?
   Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
   É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará!
   Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!
  
   Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!
   E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.'
  
   Vamo pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.
  
   Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!'
   E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'
  
   Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!

Abraços a todos!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Parabéns Mano!

* foto cortesia by Renan Bauer
   Com duas rodadas de antecedência, com uma campanha de 14 jogos, 11 vitórias, 3 empates e nenhuma derrota, eis que sagra-se campeão do Campeonato Caxiense de Futebol de Mesa de 2011 na modalidade liso Robson Bauer.
   Parabéns mano pelo belíssimo título, motivo pelo qual mais uma vez enche-nos de orgulho!
   Aproveito para agradecer a AFM Caxias do Sul, em especial as pessoas do Maciel, Mário, Carraro, PizzaPai e PizzaFilho por recepcionarem tão maravilhosamente bem o meu irmão, e acolherem-no nesta forma tão especial, contrariando muitas vezes até a opinião pública! A vocês, o meu muito obrigado!

Abraços a todos!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

El Minuano?

Buenas amigos...
   Muito me foi perguntado o porquê de "El Minuano", abaixo tentarei representar em palavras o que pensei no momento da escolha...
   Para quem não sabe, o afamado Vento Minuano, ou simplesmente Minuano é o nome dado à corrente de ar que tipicamente predomina no Rio Grande do Sul e nos estados da região sul. Trata-se de um vento frio de origem polar, cuja orientação predominante é a sudoeste, e não sul como muitos afirmam. Também conhecido como vento cortante, sempre ocorre após a passagem das frentes frias de outono e também inverno, geralmente depois das chuvas, e sopra por três dias sem parar. O Minuano é um vento extremamente seco e varredor de nuvens escuras
   Seu nome foi originado através da influência de uma tribo de índios - Índios Minuanos - os quais habitavam uma região dos Andes, rota predominante dos tais ventos.
   Em síntese, tratou-se de uma singela homenagem à terra de onde venho, como dizem os nativos, lá do "garrão da pampa". Ou seja, extremo sul do Rio Grande do Sul, já na fronteira com o Uruguai, no ponto mais extremo ao sul do Brasil. Região conhecida como ser tipicamente atingida por este.
   Apesar de ser nascido em Pelotas - cidade que mora em meu coração - fui morar em Santa Vitória do Palmar recém nascido, onde minha família e eu fomos recebidos de braços extremamente abertos. Motivos pelos quais considero-me mais um "mergulhão".
   Mile gracias Santa Vitória do Palmar!

Abraços a todos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Saudades

     Quando surgiu-me a idéia de compôr um Blog várias idéias me vieram a mente do que seria o primeiro texto, ou postagem como diriam os mais entendidos.
     Porém algo me pareceu inevitável para o abre-alas deste futuro compilado de pensamentos... falar sobre meu velho pai!!!
     Meu pai, ou melhor meu grande amigo nasceu no interior do Rio Grande do Sul, em São Lourenço do Sul em 02 de novembro de 1947, mais precisamente na localidade do "Boqueirão".
     Engenheiro Agrônomo formado na estimada FAEM, profissional de qualidade ímpar e idoneidade maior aida. Persuadiu seus filhos, seus maiores fãs, a seguir seus passos nesta profissão tão bela, sempre os guiando para o rumo correto!
      Amigo daqueles - desculpe-me a expressão chula - de "cagar de mãos dadas", sempre nos ouvindo, orientando e sendo nosso confidente... sempre sabia as palavras mais sábias, nas horas mais corretas e precisas possíveis!
      Porém... um dia o Patrão da Estância lá de Cima, sentindo ciúmes do nosso convívio com esse guerreiro, quis recrutá-lo a sua Estância nos deixando muita dor, saudade porém lembranças maravilhosas dos mates, churrascos e prosas alegres que reunidos, ou até mesmo a distância enchiam nossa alma com sua sabedoria e alegria contagiantes.
     Por isso pai, saibas que a tua cruzada por nossas vidas, nos deixou rastros da tua conduta e alegria... fazendo com que não te esqueçamos jamais, e os teus ensinamentos levaremos conosco e passaremos aos teus netos, para trazermos para bem perto deles a figura do seu avô!!!
     Abaixo compartilho com todos o presente que demos a ele em seu 62º aniversário. Trata-se de um quadro, maravilhosa arte da Pampa em Arte, do meu mano Robson (pampaemartesanato.blogspot.com/),  e a letra da belíssima poesia intitulada "Batendo Estribos" de Rodrigo Bauer.

Abraços a todos.